Petista Fernando Menezes, 68 anos, disse que “não conseguiu se mexer” quando viu Lula assinar termo de posse com uma caneta dada por ele
O petista e piauiense Fernando Menezes passou por um forte momento de emoção ao ver o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinar o termo de posse nesse domingo (1º/1) com uma caneta dada por ele. O homem de 68 anos falou ao Metrópoles nesta segunda-feira (2/1) sobre o “momento mais emocionante de sua vida” e como foi surpreendido por Lula.
De sua casa, na cidade de Altos, Região Metropolitana de Teresina, Fernando viu Lula relembrar o dia em que foi presenteado por ele, em 1989. À época, o petista disputava sua primeira corrida presidencial e ganhou uma caneta do eleitor, que pediu que a utilizasse no momento da posse:
“Eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício. Depois, nós fomos caminhar até a igreja São Benedito. E, ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que era pra eu assinar a posse se eu ganhasse as eleições de 89”, relembrou.
Lula conta história de quando Fernando Menezes o presenteou com uma caneta para “assinar a posse” como presidente.
Fiel apoiador de Lula
Um grande apoiador do político, Fernando disse que já havia se encontrado com Lula outras vezes e sempre fazia questão de presenteá-lo com alguma lembrança. “Eu já dei cajuína, dei mel, dei camisa, dei boné”, comemora.
“Naquela época que ele veio eu estava em Picos, cidade grande, e lá eu comprei duas canetas. Cheguei na hora que o Lula estava na caminhada e estava um calor terrível, era cerca de 11h30/12h, e na hora eu não tinha nada para dar para ele, nem camisa e nem boné”, conta.
“Então eu tirei a caneta do bolso e disse a ele: Lula, essa caneta é para você assinar seu termo de posse quando for eleito presidente”, relembra o piauiense.
Fernando, no entanto, não esperava que a assinatura demorasse tanto nem que o petista se lembraria desse momento, depois de 33 anos. “Foi a maior emoção da minha vida. Eu me deitei na cama e nem consegui me mexer. Só pensava ‘meu Deus, foi a caneta que dei para ele naquele dia'”, afirma.
Aquele dia aconteceu em 1989 e Lula disputava sua primeira eleição para a Presidência. À época, ele perdeu a disputa para Fernando Collor e só conseguiu chegar à cadeira de presidente em 2003, três eleições mais tarde do encontro com Fernando.
“Essa homenagem não foi para mim, foi para o povo piauiense”, elencou o homem.
Apesar da alegria, Fernando diz que vai fazer “cobranças” ao presidente. “Vou cobrar dele o uso dessa caneta pelo Piauí. Para acabar com a fome e a miséria e ampliar a Universidade Estadual e a Universidade Aberta do Piauí. É isso que eu quero, que ele retribua o que o povo do Piauí deu para ele. Que ele traga o que a gente merece”, revelou.
Longa história com Lula
Além de fiel apoiador do presidente, o homem também diz que foi o próprio Lula quem assinou seu termo de filiação ao PT. “Acompanho o Lula desde quando o partido nem existia. Já me encontrei com ele em Brasília, em São Paulo e em todas vezes que ele veio ao Piauí”, relembra.
“Logo após a fundação do Partido dos Trabalhadores, eu queria me filiar, mas ninguém quis assinar minha ficha. O Lula então veio conversar comigo e assinou. Foi ele quem assinou minha ficha de abono ao PT, lá em Teresina”, finaliza.
Fonte: Metrópoles
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