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segunda-feira, 7 de março de 2022

Natal - Edivan Martins comanda programa na Jovem Pan News Natal

 


A Jovem Pan News Natal, emissora do Sistema Tribuna de Comunicação, estreia nesta segunda-feira (7) sua nova programação. Entre as novidades, destaque para a estreia do Tribuna Livre, novo produto jornalístico da casa que aposta em uma comunicação direta e popular com o ouvinte. A atração irá ao ar diariamente das 10h às 12h e terá o comando de Edivan Martins e a ancoragem de Andreza Menca.

“O Tribuna Livre se une ao tradicional Jornal da Manhã na programação diária local da 93,5 FM”, afirma Erasmo Magno, diretor de programação da Jovem Pan News Natal.

A aposta em quadros interativos e uma comunicação popular no Tribuna Livre significa também, o reencontro de Edivan com o prefixo que fez parte no seu início de carreira, ainda nos tempos de Rádio Cabugi. Através dos microfones da emissora fez as coberturas jornalísticas dos tremores de terra na cidade de João Câmara, que repercutiram em todo país e da promulgação da constituição de 88, único repórter do estado a atuar na transmissão da sessão presidida pelo deputado Ulisses Guimarães. 

Nesse retorno, o comunicador comanda atração e viverá a experiência de voltar a ter o contato diário com os ouvintes.

Confira o bate-papo com Edivan Martins:

O Tribuna Livre tem uma proposta de trazer a informação de uma forma mais popular. O que o ouvinte pode esperar da atração nas manhãs da Pan News Natal?

O programa vai ser um revistaço, um misto do rádio tradicional com a modernidade. Vai chegar notícia de toda parte do estado. Vamos ter participação direta da redação da Tribuna do Norte, do portal e do nosso repórter da esquina.


Quais os quadros?

Natal tem em média 200 mil desempregados, o rádio precisa falar com eles, oferecer oportunidades. Vários segmentos da economia têm dificuldades em contratar mão de obra, nosso balcão de serviços vai ser uma opção. A “Hora do Grito” vai ser um guia de compras, anunciando promoções, pechinchas e produtos baratos.  Uma forma de economizar nesses tempos de carestia. É um espaço para os pequenos negócios, feirantes, bodegas, açougues anunciarem suas promoções gratuitamente. 

O programa vai trazer, também um quadro que vai realizar sonho da audiência... conta pra gente como vai ser isso...

A pandemia destruiu muitos sonhos de crianças, jovens e pessoas idosas. Projetos adiados, esperanças perdidas, oportunidades que se foram. O quadro vai tentar resgatar esses sonhos com os ouvintes contando seus relatos e a gente correndo pra realizar o sonho.

Como você despertou para a comunicação? E como foi sua trajetória até chegar no Sistema Tribuna de Comunicação, ainda nos tempos de Rádio Cabugi?

Eu comecei a escrever aos dezesseis, dezessete anos lá na Paróquia das Quintas. Lá a gente escrevia um jornal que terminou com a expulsão de um grupo de redatores por conta de algumas matérias que fizemos. Depois eu fui para a Rádio Rural. Fazíamos um programa Olho na cidade. Era uma rádio muito Tribuna Livre.  Lá a gente fez ainda um encontro com as comunidades rurais com relação a questões de terra. Era bem educativo. Me formei em jornalismo e ingressei na Cabugi. Aqui eu fiz o “Faixa Verde”. Era um carro de reportagem que fazia as matérias de rua. Todas as externas, campanhas... naquele tempo você podia tudo. Fazia essas coberturas todas. De polícia a política, comunidade... era uma audiência extraordinária. A Cabugi, hoje Jovem Pan News, é um solo sagrado do radialismo potiguar.

Quem você destaca daquele tempo do rádio? Qual sua lembrança mais firme?

Me lembro muito de Wellington Carvalho, o Pantera. Ele não era um jornalista profissional, mas era um radialista muito bom. Ele chegava aqui às 5h, vinha da Redinha. Chegava, escrevia o jornal das 6h, depois o das 7h e as entradas no decorrer da programação. Escrevia o Patrulha, criava uns dramas.

E a cobertura que mais te marcou? Conta também uma história curiosa dessa experiência...

Eu acho que o que mais me lembra aqui na Cabugi foi na época daqueles tremores de terra em João Câmara, em 1986. Todos acordaram atordoados, eu também. Liguei para a direção, me perguntaram se eu topava ir pra João Câmara. Não pensei duas vezes, disse que era só mandar o motorista. Fomos pra lá umas 6h, fui o primeiro a chegar e, talvez, o último a sair. Nós ficamos 45 dias em João Câmara, sem vir em casa. Eu dormia num estúdio que improvisamos na casa do prefeito e de lá a gente entrava diariamente, sempre trazendo um fato novo. Me lembro que tinha um professor da UnB, um 'papa' da sismologia. Quando chegou a tarde, ele falou que teríamos que ter calma, que não adiantava ter desespero... Quando chegou 3h deu um estrondo, pensei logo: “Vou ficar bem calmo, né? Foi a instrução”. Quando saí do estúdio, quem vinha correndo era o professor, puxando um lençol. Só vi os fogos correndo nos fios. Depois recebemos o titulo de cidadão de João Câmara pelo tempo. Foi muito marcante pra minha trajetória. Foram 45 dias vendo os impactos dos tremores, o impacto na cidade...  

E tem uma outra boa história, com o presidente José Sarney. Foi uma exclusiva meio improvisada, não é?

Sarney ia chegar lá na cidade de  helicóptero, ía pousar em um campo de futebol. Cheguei cedo, me organizei com o motorista pra gente deixar o carro da empresa perto de um dos muros, já colocando o microfone por cima dele pra aguardar o presidente se aproximar, caso fosse falar. Ele chegou, subiu uma poeira danada, e ninguém conseguiu uma palavra sequer de Sarney, e olhe que lá estavam os melhores times de rádio da época. Após a lamentação, a gente voltou para o carro e percebemos que o veículo que estava na nossa frente, um carro preto, era o que Sarney saiu. A foi logo atrás, de lá até a igreja. Os policiais federais que estavam lá pra garantir a segurança do presidente pediu (com metralhadoras) que a gente saísse dali. Eram ordens de segurança, depois do carro presidencial deveria vir o carro de segurança, depois carro de ministros, e por aí vai. Se fosse pra seguir a ordem das coisas, a gente ía estar lá no “rabo da gata”. Eu falei com o motorista pra ele nem ligar, seguir atrás e só parar no local de chegada. Quando o carro parou na igreja, descemos e fomos logo tentar falar com Sarney. Resultado: entrevistamos o presidente, sozinhos. As demais equipes só conseguiram ouvi-lo na coletiva, bem depois. Essa é a graça do jornalismo. 


Fonte: Tribuna do Norte

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