O Canadá entrou no regime do tarifaço de Trump.
Inicialmente, a taxação que seria de 25% foi reajustada pra 35% e o primeiro ministro canadense Mark Carney, disse estar decepcionado com a política comercial dos Estados Unidos e ele não tá sozinho, já que antes mesmo de entrar em vigor a taxação, a maioria dos consumidores canadenses já estavam boicotando produtos importados americanos.
Antes, produtos americanos que eram preferência e ocupavam grandes volumes nos supermercados, vão perdendo espaço para produtos canadenses.
Após as falas de Trump de indexar o Canadá aos EUA e a política comercial de aumentar a taxação dos produtos canadenses, 71% dos canadenses, pretendem comprar menos produtos americanos este ano e isto tem Impacto: a economia pode perder 0,3% do PIB ou 90 bilhões de dólares em 2025, com o boicote e o declínio do turismo.
Proprietário de uma cadeia de supermercados canadense, afirma que há um boicote dos clientes canadenses aos produtos americanos. " Os clientes estão exigindo o máximo possível de produtos canadenses, " eles ficam chateados quando veem muitos itens dos Estados Unidos ".
Há alguma coisa do tipo um ativismo dos próprios consumidores canadenses que reprovam a política comercial dos Estados Unidos e passam a não quererem mais adquirir esses produtos, por outros da própria nacionalidade.
Se os produtos tivessem uma versão americana e uma canadense, provavelmente já se teria eliminado a versão americana, e tem sido isso que os clientes canadenses estão querendo.
Vários países como o Canadá e o México e alguns da União Europeia estão retaliando com tarifas próprias.
Há uma mudança no comportamento do consumidor contra os produtos americanos.
Jean Carlo, o proprietário dessa cadeia de supermercados com 30 mil clientes afirmou: " quando houve a ameaça do tarifaço, colocamos bandeiras do Canadá nos produtos nacionais e os clientes se afastaram dos produtos americanos .
De 60 a 70% dos produtos fora da safra do Canadá, eram produtos americanos, que hoje só ocupam 30%.
Bandeiras e rótulos marcam os produtos nacionais e aplicativos ajudam compradores a ver a sua origem" e quais seus laços com o Canadá".
Alguns itens, são difíceis de substituir, mas os canadenses preferem hoje o nacional, ao invés do importado americano.
O Canadá é o 2⁰ maior mercado de exportação de alimentos dos EUA, com valor de 28,4 bilhões de dólares e o boicote também afetou outras partes da loja.
Produtos americanos como Coca-Cola e Lays, temendo o boicote colocaram nos seus rótulos made in Canadá, para não sofrerem retaliacões com medo da má reputação; a Coca -cola é engarrafada no Canadá e a Lays usam batata canadense.
Produtos americanos como vinhos, cervejas e destilados foram retirados das prateleiras e províncias canadenses anunciaram a retirada de bebidas alcoólicas americanas das prateleiras. Como exemplo, os vinhos americanos que vendiam de 35 a 40% das vendas, foram substituidos por vinhos importados da França, África do Sul, Austrália e da Nova Zelândia.
A reação aos Estados Unidos tem sido bom para o Canadá. O movimento de boicote já acrescentou cerca de 10 bilhões de dólares a economia do Canadá.
Alguns clientes já afirmam que não compram mais naquele supermercado que tiver muitos produtos americanos.
Além das prateleiras esvaziadas de produtos americanos, os turistas estão mudando os planos de viagem, deixando de ter os Estados Unidos como destino. Os canadenses visitam os Estados Unidos, mais do que qualquer outro país. Em 2024, 20 milhões de canadenses visitaram o país e gastaram mais de 20 bilhões de dólares, mas o fluxo está caindo, as pesquisas de viagem para os Estados Unidos caíram 50%, o movimento de veículos caiu 30%.
E não é mais só o Canadá; do outro lado do Atlântico, na Europa, as viagens para os Estados Unidos também caíram. As reservas caíram 25%.
Os Estados Unidos devem perder 12,5 bilhões em gastos com turistas em comparação com 2024. As tensões com as imigrações e o comércio pioraram muito agora em 2025.
De mercadorias a viagens , o impacto da política americana vai remodelando comportamentos: os consumidores europeus revoltados estão substituindo produtos americanos e 44% da população da Groenlândia rejeita produtos americanos, após o discurso de indexar o país aos Estados Unidos.
A Tesla na Europa, teve uma redução de compra de 28% dos seus veículos pela má reputação.
As marcas americanas vão sofrendo uma forte repulsa em alguns países e sendo substituídos por produtos nacionais ou de outros países e viajar para os Estados Unidos, está deixando de ser um sonho.
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