Patrícia Alencar criticou machismo na política após ter vídeo vazado e afirmou que 'corpo de mulher incomoda mais que corrupção'.
A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar (MDB), denunciou ter sido vítima de violação de privacidade após o vazamento de um vídeo em que aparece dançando forró de biquíni. O conteúdo foi divulgado sem autorização nessa quinta-feira (5), após ter sido originalmente compartilhado em um perfil privado da gestora.
prefeita explicou que o vídeo havia sido publicado há 15 dias em sua conta restrita, que possui 185 seguidores selecionados. Após o vazamento, ela decidiu republicar o mesmo conteúdo em seu perfil oficial, onde é seguida por mais de 800 mil pessoas, e viralizou nas redes sociais.
"Me senti extremamente violada, porque esse vídeo foi há 15 dias, em Instagram privado, onde escolhi os seguidores a dedo e onde mostro momentos da Patrícia longe do trabalho, nada envolvendo meu profissionalismo, e eu fui traída por uma pessoa que estava nesse perfil", declarou a prefeita ao g1.
Patrícia Alencar está em seu primeiro mandato como prefeita, tendo sido eleita em 2020. Natural de Bodocó, no sertão de Pernambuco, ela tem 37 anos e classificou o episódio como um caso de violência política de gênero.
Infelizmente o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política", afirmou Patrícia em seu perfil oficial. A prefeita disse ter "certeza que vivemos em uma sociedade machista, preconceituosa e isso ainda está vivo nos dias de hoje" e defendeu que "mulheres precisam praticar a empatia, porque infelizmente boa parte dos comentários (negativos) são de mulheres, é um momento de união, onde a gente precisa debater a violência de gênero na política".
O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões sobre os limites entre vida pessoal e função pública. Ainda não foi identificado o responsável pelo vazamento do vídeo.
"Sofremos essa violência constantemente, com casos no Brasil todo, e até quando a gente vai aceitar que isso está dentro da normalidade? É um momento onde a gente precisa debater, procurar e solucionar essas demandas de preconceito de gênero na política", questionou a prefeita.
Fonte: G1
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