A denúncia do MP eleitoral contra Álvaro Dias, Paulinho Freire, Joana Guerra, Daniel Rendall e Irapoã Nóbrega, tende a agregar novas provas e denúncias que ainda não foram anexadas.
Momentaneamente falam-se nas secretarias de educação, serviços urbanos, ação social e ARSBAN, mas a metodologia de campanha empregada pelo ex-prefeito Álvaro Dias tinha a participação de TODAS AS SECRETARIAS, inclusive com um cargo comissionado do Gabinete Civil -SMG que fazia a verificação das redes sociais de todas as pessoas da gestão que eram obrigadas a curtir, comentar e compartilhar nas redes sociais. Todas as secretarias foram divididas em áreas de atuação e eventos, e haviam grupos de whatsapp comandados por indicados por secretaria para obrigarem os comissionados e terceirizados a irem aos eventos, até para segurarem bandeiras e quem recusasse, era dedurado e possivelmente exonerado; os terceirizados de férias também eram obrigados.
As secretarias se dividiam com comissionados que eram obrigados a participarem de eventos dos candidatos a vereador. além de listas, haviam os grupos de whatsapp. Uma portaria da Prefeitura, reduziu o horário das secretarias para até 14 horas, com o único intuito da participação de todos em tarefas da campanha de Paulinho Freire. Pressionadas, várias pessoas pediram exoneração e demissão. Álvaro Dias distribuiu gratificações dobrando os salários (SME), inclusive publicadas em Diário Oficial e temia, se derrotado, uma devassa nos contratos de sua gestão, se um adversário vencesse as eleições.
A gravidade dos fatos era descarada e muita gente até achava que o Tribunal Regional Eleitoral era conivente com a situação.
Durante a campanha, o assunto chegou a ser comentado pelos adversários de Paulinho Freire, precisamente Carlos Eduardo e Natália Bonavides, contudo ao comentar, a maioria das rádios de Natal recebiam apoio financeiro do grupo do ex e do atual prefeito e seus apresentadores diziam ser normal essas condutas, vedadas pela lei eleitoral.
A lei eleitoral é bastante clara e pune todos os beneficiados pelas condutas vedadas, não só os vereadores, ao contrário do que alguns apresentadores de rádio defendem. Paulinho Freire e Joana Guerra podem ser cassados e Natal ter uma nova eleição; logicamente isso ainda vai demorar, porque a investigação ainda está na fase de 1ª instância, deverá passar pelo TRE e depois TSE.
Outro agravante nessa situação é que, com a repercussão do assunto, muita gente tende a procurar o Ministério Público com novas informações e provas que aumentarão bastante o embasamento da Ação do Ministério Público.
Se a legislação for seguida, a justiça eleitoral claramente decretará novas eleições para Natal, já que a robustez das provas e a sistemática organizada de abusos político e econômico, realmente interferiu no resultado eleitoral de 2024.
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