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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

NATAL - Após reforma, Praça Pedro Velho ganha nova estrutura Um dos equipamentos históricos da capital potiguar, a Praça Pedro Velho teve reinauguração marcada neste sábado (2) após obra de requalificação que durou oito meses. O investimento foi de R$ 2,5 milhões. A Praça Cívica, como também é conhecida, será palco das tradicionais comemorações alusivas ao 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, com o desfile cívico-militar. Localizada no coração do bairro de Petrópolis, zona Leste de Natal, a praça não recebia uma intervenção de melhoria na estrutura desde 2004.



A arquiteta Gladys Fernandes acrescenta que a ideia foi entregar um ambiente funcional e moderno, mas que também preservasse o contexto histórico, cultural e a importância política da praça, que passou a ser conhecida como “cívica” em função dos desfiles de 7 de setembro. “A gente buscou preservar alguns elementos que já tinham do ponto de vista histórico, como o busto de Pedro Velho, que é uma estátua em bronze, que veio de Paris, além de pensar um espaço voltado para o lazer, prática esportiva e cultura”, comenta.

O conjunto de esculturas centenárias em bronze, composto por uma estátua feminina representando a Pátria e o busto de Pedro Velho, patrono da Praça e primeiro governador republicano do Rio Grande do Norte, foram preservados. Eles foram afixados em um pedestal cuidadosamente construído com as pedras portuguesas que antes pavimentaram o passeio público. Os monumentos ganharam uma iluminação cênica.

Fernandes diz que o palco para eventos, também chamado de palanque, foi idealizado como um espaço para apresentações culturais. “Ouvimos também a Funcarte e eles pediram que fosse criado um espaço para apresentação de grupos de dança, teatro, orquestra sinfônica, enfim. Da mesmo forma, o pequeno anfiteatro. Além disso, temos um espaço para convivência e o busto ficou na parte central”, conta a arquiteta Gladys Fernandes.

O paisagismo arbóreo do local foi formado por Pau-Brasil, palmeira imperial e outras espécies nativas. A praça também ganhou nova cobertura de grama tipo esmeralda e amendoim, além de plantas ornamentais.




Ação social

Ao longo dos últimos oito meses, a Dois A, responsável pela obra, promoveu ações sociais e de melhorias visuais e urbanística. A empresa lançou uma campanha na qual oferecia doações de cestas básicas para cada mês que os tapumes, que cercavam a obra, permanecessem limpos, sem pichações. Foram distribuídas 175 cestas básicas para sete instituições. Além disso, a incorporadora colocou espaços para carregar celulares e coletores seletivos de lixo ao redor do espaço.

Praça é cenário histórico de Natal

Pouco se sabe sobre da origem da Praça Cívica, mas as primeiras referências que se tem registro são do ano de 1924. Na planta original, a Praça teria quatro quarteirões, mas em 1929, o ‘Plano Geral de Systematização da Cidade de Natal’, reduziu o traçado para dois quarteirões. Fato é que a inauguração oficial ocorreu em 1937, pelo então prefeito Gentil Ferreira. A praça passou por várias modificações ao longo dos anos, mas continua sendo admirada pelos natalenses.

O historiador Bruce Lee explica que a praça acabou ganhando o apelido de Praça Cívica devido aos festejos pátrios. “Foi devido aos festejos da Semana da Pátria serem realizados neste espaço público que, no início, contava com coretos, quadra de esportes, tanques com tartarugas e peixes que podiam ser pescados e com uma ciclovia, além do Bar Avião, em formato parecido com uma aeronave. Rapidamente a Praça Pedro Velho tornou-se um ponto de encontro para a vida social entre os natalenses que incluíam conversas, paqueras, atividades esportivas, propostas de casamento, manifestações políticas e desfiles”, conta.

O morador da região, Lúcio Franklin, diz que a praça supre uma carência da cidade por ambientes de convivência. “Esse é um lugar muito especial porque as pessoas precisam de lugares assim. Essa praça traz muita alegria, muitas lembranças boas, então a gente fica feliz quando vê uma obra como essa, até porque isso também vai beneficiar quem trabalha por aqui”, conta Franklin, que é vendedor ambulante.

Quem também se anima com a reinauguração é a comerciante Elaine Tanaka, que vende sanduíches no entorno da praça, que é um verdadeiro reduto de lanchonetes. “Aqui ficou um tempão parado e a agora com essa reforma a gente fica muito contente. Isso dá vida ao Centro e a gente espera que isso traga mais clientes também”, destaca. Israel Soares é outro que trabalha na região e se preocupa também com a manutenção do centro. “Isso aqui aberto vai ter mais movimento, mas é importante também que se tenha segurança para que não seja vandalizada”, complementa o vendedor de açaí.


Fonte: Tribuna do Norte

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