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domingo, 30 de abril de 2023

FUTEBOL - Cuca: entenda mais sobre o caso do estupro de jovem, em 1987

 


Cuca foi acusado e condenado junto com outros três jogadores do Grêmio por envolvimento no estupro de uma adolescente, em 1987

Assim que o técnico Cuca foi anunciado como novo treinador do Corinthians, o caso de estupro que aconteceu em Berna, em 1987, voltou a ser assunto na mídia.

Na época Cuca foi acusado e condenado junto com outros três jogadores do Grêmio por envolvimento no abuso de uma adolescente. Ele chegou a ficar preso por um mês e ser condenado a 15 meses de prisão, além de pagamento de multa.

A pressão sobre o treinador foi tão grande desde que chegou no clube paulista, que na noite de quarta-feira (26/4), após comandar o Timão por dois jogos, Cuca pediu demissão. Após o anúncio, o meia Roger Guedes, na zona mista, saiu em defesa do técnico.

“O jeito que atacaram o Cuca foi desumano. Isso nenhum ser humano merece, ainda mais sem ter prova alguma. Eu não sei nem como é que está, mas acredito nele e espero que ele possa provar para quem o atacou que ele é inocente”, disse Roger Guedes, sem levar em consideração a condenação recebida por Cuca na Justiça da Suíça.

Vítima sofre até hoje

O advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça em episódio envolvendo o técnico Cuca, em 1987, disse que a vítima sofre até hoje com as consequências do crime.

De acordo com depoimentos das testemunhas – houve uma reconstituição do crime e que, desde o ocorrido (36 anos atrás), a vítima dos jogadores do Grêmio (Cuca entre eles) sofre com transtornos mentais graves, além de já ter tentado suicídio.

O que Cuca disse à época

“A tal menina, a Sandra Pfaffli era do tamanho de um armário e não tinha carinha de menina, não. Ela subiu para fazer sexo com um de nós no apartamento. O nome, reservo-me o direto de omiti-lo. Estavam em pleno ato quando apareceu o pai dela e armou todo aquele escândalo. A partir daí, foram dias e noites infinitas”, disse o técnico.

“Estava há cinco dias no Grêmio e com um contrato de cinco meses a cumprir. Pensei que estivesse tudo acabado para mim, embora tivesse consciência tranquila. Quando soube da repercussão do caso na imprensa brasileira, aí mesmo é que me desesperei”, declarou.

Condenação

Dois anos depois, Cuca, Eduardo Hamester e Henrique Etges foram condenados à revelia a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando Castoldi foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles não chegaram a cumprir a pena.

Cuca se defende, dizendo que não foi julgado e culpado.

“Fui julgado à revelia, não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento com os outros rapazes. É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, (não houve) tentativa de abuso ou coisa assim”, reiterou o treinador.

Manifestações no Corinthians

Horas antes da apresentação de Cuca, corintianos expressaram por meio de pichações o descontentamento com a escolha da diretoria pelo técnico ex-técnico de Atlético-MG, Palmeiras, Santos e São Paulo. “Fora Cuca” e “diretoria incompetente” são algumas das frases estampadas nos muros do Parque São Jorge.

As jogadoras do time feminino do Corinthians também se manifestaram contra o técnico. Elas se uniram e se manifestaram contra a contratação do treinador para o time principal.

“Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. “Respeita as Minas” não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias”, diz a mensagem compartilhada pelas atleta, no último domingo (23/4).

Cuca anuncia que não comandará mais o Corinthians

Na madrugada desta quinta-feira (27/4), Cuca deixou o comando do Corinthians após comandar a equipe paulista em dois jogos. O anúncio foi feito após a vitória do Timão diante do Remo, pela 3ª fase da Copa do Brasil. Mesmo com a classificação, o treinador afirmou que não seguirá no comando da equipe para o resto da temporada.

Durante o anúncio, Cuca revelou o motivo que o levou a tomar a decisão.

“Eu saio nesse momento, é um pedido da minha família”, afirmou o treinador. “Não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. ‘Pai, vem, estamos precisando’. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês”, afirmou o técnico.

Sêmen de Cuca

Presença de sêmen do treinador em vítima é confirmada pela Justiça suíça

Afirmação de diretora dos Arquivos do Estado do Cantão de Berna volta a refutar versão do técnico que deixou o Corinthians após dois jogos.

Depois do advogado da vítima, agora a Justiça da Suíça também confirma que havia sêmen de Cuca no corpo da menina de 13 anos que teria sofrido crime sexual por jogadores do Grêmio em 1987.

A informação foi publicada pelo site GE, que entrou em contato com Barbara Studer, diretora dos Arquivos do Estado do Cantão de Berna, na Suíça.

Studer ainda confirmou que uma reportagem publicada em 1989 pelo jornal suíço Der Bund está correta, incluindo a informação expressa de que havia sêmen de Cuca no corpo da jovem vítima.

Fontes: Metropoles e CNN Brasil 

 



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