A greve dos professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte segue sem diálogo entre o Governo do Estado e a categoria. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN), a terça-feira (7) foi de reuniões para debater visitas que estão sendo feitas desde ontem, quarta-feira (8) nas escolas, com vistas a convencer os trabalhadores que não participam da paralisação a aderir ao movimento. A greve por tempo indeterminado foi aprovada na última sexta-feira (3), porque a categoria não aceita as propostas do Executivo estadual de escalonar o pagamento do novo piso salarial, que teve reajuste estabelecido pelo Governo Federal em 14,95%.
O sindicato diz que o balanço da adesão à paralisação só deverá ocorrer na próxima sexta-feira (10). “No caso de Natal, iremos fazer o levantamento da adesão nesta quarta-feira. Nas demais regionais, o levantamento também será feito e eu acredito que até a próxima sexta teremos uma estimativa de como estará o quadro de greve”, disse o coordenador geral do Sinte/RN, Bruno Vital.
Porém, já é possível verificar que nem todas as escolas paralisaram 100% das aulas. Ao passar pela Escola Estadual Anísio Teixeira, em Petrópolis, na zona Leste de Natal, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE conferiu que 20 dos 60 professores optaram pelo movimento grevista, de acordo com o vice-diretor da unidade de ensino, Augusto Vieira.
“Reorganizamos os horários e os alunos estão vindo para assistir a algumas disciplinas. Em todas as turmas está havendo aula, mas com ajustes. Tem disciplinas que são lecionadas por mais de um professor, então, a gente dividiu: quem não está em greve tenta cobrir as turmas”, conta o vice-diretor.
Na Escola Estadual Winston Churchill, na Cidade Alta, a adesão à greve foi total e afeta 392 alunos, segundo informou a direção da unidade.
Bruno Vital afirmou que, se não houver nenhuma movimentação por parte do Governo do Estado, no sentido de conversar com a categoria, os trabalhadores irão se concentrar na próxima quarta-feira (15), em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) para tentar um novo diálogo. “Não temos nenhuma audiência marcada com o Governo. Estamos aguardando algum posicionamento, mas até agora nada”, conta.
Fonte: Tribuna do Norte
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