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domingo, 19 de junho de 2022

FÓRMULA 1 - Verstappen segura Sainz e vence GP do Canadá de F1. Leclerc escala pelotão e é 5º


Somente algo fora do comum tiraria a vitória de Verstappen no Canadá. O tal incomum de fato deu as caras, mas mesmo com carro de segurança desfavorável, após batida de Tsunoda, atual campeão mundial segurou Carlos Sainz e triunfou no circuito Gilles Villeneuve

TUDO SOBRE O GP DO CANADÁ 

A Fórmula 1 foi para a pista nesta tarde de domingo (19) para o GP do Canadá de 2022. A nona corrida do ano prometia vitória de Max Verstappen – que aconteceu, mas com mais emoção do que o previsto. Independentemente disso, o atual campeão mundial cruzou a linha de chegada em primeiro e venceu sua 26ª corrida na carreira, a sexta da temporada – das últimas seis provas da categoria no ano, o holandês venceu cinco. Domínio, não há o que falar.

A expectativa antes do início da corrida ficava por conta, evidentemente, de Fernando Alonso. Pela primeira vez em 3.619 dias, o bicampeão mundial começava um GP na primeira fila. E melhor: prometendo atacar o pole-position logo na primeira curva. O que se viu foi, entretanto, foi o atual campeão do mundo esbanjar maturidade e se livrar do piloto da Alpine logo de início, disparando à frente.

Com os principais adversários no Mundial de Pilotos largando do fundo do grid e tendo garantido o primeiro lugar de largada, somente algo fora da curva, o incomum, o bizarro tiraria a vitória de Verstappen em Montreal. Quando Yuki Tsunoda bateu na barreira de proteção ao retornar à pista depois de pit-stop, tais elementos deram as caras: safety-car no circuito Gilles Villeneuve com 15 voltas para o fim. Ainda assim, o atual campeão mundial segurou o ímpeto de Carlos Sainz e conquistou a vitória.

Charles Leclerc, por sua vez, tinha a árdua missão de escalar o pelotão praticamente inteiro. Largando em 19º por conta de punições atribuídas à troca completa de seu motor pela Ferrari, o monegasco passou boa parte da corrida empacado atrás de Esteban Ocon e a Alpine. Entretanto, o carro de segurança possibilitou ultrapassagens e Leclerc cumpriu sua missão, cruzando a linha de chegada em quinto.

Vale destacar também a sólida corrida de Lewis Hamilton. Mesmo sem estar 100% fisicamente e com “o pior carro que guiei”, o heptacampeão mundial teve bom desempenho e levou a Mercedes ao pódio. ‘Mister top-5’, George Russell foi o quarto colocado.

Esteban Ocon, Fernando Alonso, Valtteri Bottas, Guanyu Zhou e Lance Stroll completaram o top-10 do GP do Canadá.

A Fórmula 1 volta daqui duas semanas, entre os dias 1 e 3 de julho, em Silverstone, com o GP da Grã-Bretanha.

Confira como foi o GP do Canadá:

Na largada, Verstappen logo tratou de se descolar de Alonso. Ataque, nada. O que se viu foi o holandês sobrar já de cara no Canadá. Carlos Sainz duelou com Lewis Hamilton e segurou a terceira posição. Do pelotão da frente, entretanto, nem todos largaram bem: Mick Schumacher caiu para oitavo e viu Esteban Ocon e George Russell realizarem ultrapassagem.

Ao início da terceira volta, o atual campeão mundial já abria 1s5 de vantagem para Alonso. Quanto aos principais adversários que atrás largavam, tanto Sergio Pérez quanto Charles Leclerc pouco a pouco recuperavam posições: o mexicano passou Alex Albon e Valtteri Bottas, que escapou na chicane, enquanto o monegasco ultrapassou Nicholas Latifi e Pierre Gasly.

Assim que a asa móvel foi liberada, Sainz fez o que tinha que fazer. O espanhol jogou de lado e ultrapassou o próprio ídolo de infância pelo segundo lugar da corrida, ao passo que Verstappen cada vez abria vantagem – e conquistava a volta mais rápida da corrida, enquanto isso.

Via rádio, a Haas informava Kevin Magnussen de que o pequeno dano angariado pelo dinamarquês na largada, em sua asa dianteira, não era terminal – instruindo, assim, que o piloto permanecesse com 100% de ritmo. Russell, que já havia deixado Ocon para trás, partiu para cima do dinamarquês e tomou o quinto lugar.

Gasly e Sebastian Vettel apostaram em uma estratégia diferente, realizando seus devidos pit-stops logo na sexta volta. Enquanto isso, a transmissão da FOM mostrava replay de ultrapassagem de Guanyu Zhou em cima de Daniel Ricciardo, pelo nono lugar. Boa manobra do chinês para cima do desmoralizado australiano.

Entre as cabeças, Sainz reclamou de degradação dos seus pneus dianteiros. Verstappen cada vez mais abria vantagem, mas o ferrarista mostrou poder de recuperação e, aos poucos, foi cortando a diferença – isso enquanto lidava com Alonso, 0s8 atrás.

Na oitava volta, assim como no fim de semana em Baku, a FIA mostrou sua bandeira preta e laranja. Dessa vez, para Magnussen: a asa dianteira precisava ser reparada nos boxes. Portanto, chamada da Haas ao dinamarquês.

Isso ficou em segundo plano, porém. Motivo? Pérez acusou perda de motor. Na curva 8, o mexicano parou seu imóvel RB18 fora da pista: fim de prova para ele. A missão de escalar o pelotão chegava ao seu fim logo no começo da corrida.

Tão logo a Red Bull ficou parada fora da pista, a FIA determinou o safety-car virtual. Verstappen aproveitou o tempo reduzido de prejuízo na parada e foi aos boxes para colocar pneus duros. Hamilton, também.

Assim sendo, Sainz e Alonso pularam para as duas primeiras posições. Na décima volta, bandeira verde e ações de pista retomadas. Não tardou para o heptacampeão mundial, então, ultrapassar Ocon e assumir a quinta posição.

O foco da transmissão, então, passou a ser a caça de Verstappen a Alonso. Empilhando volta mais rápida atrás de volta mais rápida, o holandês – que, vale lembrar, já havia parado nos boxes – colou no rival. Era questão de tempo.

Enquanto isso, Leclerc cumpria bem a missão de escalar o pelotão o mais rápido possível. Na 14ª volta, o monegasco já havia deixado para trás a concorrência que prometia maior dificuldade: 12º colocado, à frente de Lando Norris, Vettel e Gasly.

Volta de número 15 e Alonso, enfim, viu Verstappen realizar a ultrapassagem. A ordem do top-3, portanto, era Sainz-Verstappen-Alonso. Destes, só o holandês já havia feito pit-stop. Questão de tempo, mais uma vez, para o piloto da Red Bull assumir a liderança.

Se a briga no pelotão da frente mostrava-se previsível, na intermediária do grid a disputa era boa. 11º, Bottas tentava de todo jeito ultrapassar Albon – mas o piloto da Williams fazia jogo duro. Leclerc vinha logo atrás, de camarote. Quando o finlandês conseguiu passar o tailandês, no 18º giro, o monegasco aproveitou a carona e também fez a ultrapassagem.

No 20º giro, Zhou passou Schumacher pela sétima posição. O que parecia ter sido fruto da capacidade do chinês foi, na verdade, falha terminal no carro do alemão da Haas. Motor foi para o brejo e o painel do volante se apagou.

Assim sendo, safety-car virtual. Oportunidade para praticamente o grid inteiro ir aos boxes. Sainz assim o fez, e Verstappen voltou à liderança. Alonso, por sua vez, optou por seguir na pista. Diferenciação de estratégia ali. O bicampeão mundial seguia com os compostos médios – assim como Norris, os únicos da pista. O piloto da McLaren, inclusive, teve grande prejuízo após erro de cálculo da equipe de Woking em um pit-stop duplo.

Na volta 22, Sainz ultrapassou Alonso e retornou ao segundo posto. Grande momento para Ferrari, já que Leclerc também realizava ultrapassagem: só que em Bottas, e pelo 7º lugar. Olha o monegasco aí, de fato subindo no pelotão.

Os gastos pneus de Alonso, evidentemente, não conseguiram segurar o ímpeto de Hamilton. Fácil fácil, o piloto da Mercedes deixou o ex-companheiro de equipe para trás e subiu ao top-3: 3s atrás de Sainz que, por sua vez, já estava com 9s2 de desvantagem para o líder Verstappen.

As principais brigas de momento, portanto, passaram a ser entre Alonso e Russell – com previsão do mercedista alcançar o piloto da Alpine em pouco tempo – e Ocon x Leclerc. O francês conseguia segurar o representante do time de Maranello, entretanto.

Ficava cada vez mais difícil entender a estratégia da Alpine com Alonso. Não havia justificativa para manter os velhos pneus médios em cena. Na volta 29, enfim, a equipe francesa chamou o bicampeão mundial aos boxes. Espanhol voltou atrás de Leclerc, em sétimo.

Falando em Leclerc… o monegasco reclamou de falta de aderência de sua F1-75, na caça a Ocon. O francês, que nada tinha a ver com isso, seguia dificultando a vida do oponente. Portões muitíssimo bem fechados.

Na liderança, Sainz pouco a pouco tirava a diferença para Verstappen. Com 24 voltas acumuladas em seus pneus duros, o holandês já reclamava de falta de aderência a Red Bull. Futura ameaça ou jogo de cena? Afinal, Verstappen e os taurinos em geral sabiam: bastava administrar o ritmo que, dificilmente, a vitória escaparia.

Na exata marca de metade da corrida, 35 voltas para a conta, somente Stroll, Bottas e Leclerc ainda não haviam parado. Empacado atrás de Ocon, o monegasco afirmou para a Ferrari: “não consigo ultrapassar, simplesmente não consigo”. A escuderia italiana respondeu: “plano D”.

A grande verdade é que Ocon jogava Leclerc para Alonso, então sétimo colocado. O espanhol cortava a diferença para o ferrarista volta atrás de volta, já que o mesmo – vale ressaltar mais uma vez – estava legitimamente empacado atrás do francês.

Na volta 42, a Ferrari enfim chamou Leclerc aos boxes. A previsão dava conta do monegasco voltar atrás de Stroll, em nono. Mas um pit-stop de 5s3 comprometeu o plano. O piloto retornou à pista atrás de Ricciardo, em 12º. Mais uma montanha a ser escalada.

Enquanto isso, Verstappen clamava: os pneus não aguentavam mais. A Red Bull entendeu o recado e chamou o holandês aos boxes, para uma nova sequência de pneus duros. Em uma nostalgia de 2021, o atual campeão mundial ficou lado a lado com Hamilton, mas o heptacampeão mundial fechou a porta. Não que importasse: na volta seguinte, o piloto da Mercedes foi aos boxes depois de já ter sido ultrapassado por Verstappen.

A partir daí, o cenário da corrida ficou bem claro. Verstappen não mais visitaria os boxes e, em sua única chance de sucesso, Sainz planejava carregar os compostos duros até o fim, em estratégia de uma só parada.

O problema é que Hamilton e Russell, 3º e 4º, respectivamente, também pararam. Se Sainz fosse aos boxes logo após o holandês – que já empilhava volta rápida atrás de volta rápida, cortando a diferença -, poderia voltar cerca de sete segundos atrás do atual campeão mundial. Mas essa não parecia ser uma hipótese considerada pelo espanhol.

Só que tudo mudou. Na volta 49, Yuki Tsunoda cometeu erro bizarro ao sair dos pit-stops e bateu na barreira de proteção. Fim de prova para o japonês e carro de segurança acionado. Era uma outra corrida, pois.

Isso porque uma leva de ida aos boxes se sucedeu. Sainz colocou pneus duros, seis voltas mais novos do que os de Verstappen. O grid se reagrupou com o safety-car. Verstappen-Sainz-Hamilton-Russell-Ocon-Alonso-Leclerc-Bottas-Vettel-Zhou. Era esse o top-10.

Com 15 giros para o fim, relargada. O carro de segurança saiu de cena e Verstappen segurou a liderança. O objetivo de Sainz não era tomar a ponta logo de cara; e, sim, manter-se a menos de um segundo de distância para o líder, para aproveitar quando a asa móvel pudesse ser liberada.

Assim que isso aconteceu, o espanhol foi ao ataque. A vantagem era da Ferrari: era Sainz, agora, que acumulava voltas mais rápidas consecutivas. Enquanto isso, Leclerc enfim tirava uma Alpine do caminho, ao ultrapassar Alonso e tomar a sexta posição. Eventualmente, Ocon também foi deixado para trás.

Na reta final da prova, Sainz bem que tentou, mas mais uma vez Verstappen esbanjou maturidade. Aguentou a pressão do ferrarista com classe e cruzou a linha de chegada no Canadá em primeiro. Não tem pra ninguém.


Fonte: F1.

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