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sábado, 5 de março de 2022

Deputados estaduais do RN adiam definição da transferência.


Principais interessados em aproveitar a “janela partidária” para a troca de partidos sem o risco de perda de mandatos, os deputados estaduais estão deixando para mais próximo do fim do prazo – última semana de março, a decisão sobre permanência  nos partidos ou ingresso em outras legendas para  concorrerem à reeleição em outubro de 2022.

Ao contrário da bancada do Rio Grande do Norte na Câmara Federal, que de oito deputados, cinco confirmaram à TRIBUNA DO NORTE na quarta-feira (02), que continuam em seus partidos, dentre os 24 deputados há uma certa indecisão sobre as mudanças de legendas.

Pelo menos o deputado estadual Vivaldo Costa (PSD) informou, ontem, que continua no partido, presidido pelo ex-governador Robinson Faria, que ao contrário dele, faz oposição à governadora Fátima Bezerra (PT).

O fato da abertura de prazo da janela partidária ter ocorrido dois dias depois do Carnaval, na quinta-feira (03), também contribuiu para que os deputados adiassem, ainda mais, essa discussão. “Estou no interior, cumprindo agenda, não vi nada disso, que só vou cuidar na segunda”, exemplificou o deputado George Soares (PL), que integra a bancada do governo na Assembleia.

A bancada do PL vive o dilema porque o presidente estadual do partido, deputado federal João Maia, apoia o governo federal. Novo líder do partido na Assembleia, o deputado Kleber Rodrigues avisa que “nos próximos dez dias vai ficar tudo definido”, depois de uma discussão que haverá a direção partidária, incluindo o deputado Ubaldo Fernandes. 



Parlamentar da situação, a deputada estadual Eudiane Macedo (Republicanos), diz que está analisando o quadro político, embora não tenha confirmado convite para se filar, por exemplo, ao PT, mas também pode ir para o PSDB: “ Estamos analisando, não tem nada certo ainda. Até o dia 30 deste mês vamos saber o rumo que vamos tomar”. 


Presidentes de Executiva Estadual dos partidos também participam das conversas sobre formação de nominatas, como o ex-senador José Agripino, do União Brasil (DEM + PSL), que considera que ainda é muito cedo - “não é hora” - para fechamento de nominatas. Hoje, o partido conta com um parlamentar na Assembleia, o decano Getúlio Rego (DEM). De acordo com a legislação eleitoral, todo candidato a cargo eletivo precisa estar filiado a partido político até o dia 1º de abril, seis meses antes do primeiro turno das eleições.

Até o fim desse prazo a expectativa maior é quanto a confirmação de um “chapão” do PSDB, que estaria trabalhando uma nominata com pelo menos 18 deputados estaduais, além da atual bancada formada por cinco deputados, embora o presidente do partido, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), esteja sendo cogitado para ser candidato da oposição ao governo do Estado.

De fora essa lista estariam os dois deputados do PT, Isolda Dantas e Francisco, além dos três deputados do SD, Subtenente Eliabe, Cristiane Dantas e Kelps Lima, que pretende disputar uma cadeira de deputado federal e o deputado Souza Neto (PSB), que desistiu da reeleição.

Janela terá implicações na Câmara dos Deputados 

Começou ontem a janela partidária, prazo para que deputados federais e estaduais mudem de partido sem correr o risco de perda do mandato. O "cartão verde" para a troca de legenda possibilita a consolidação de novos acordos e alianças em ano eleitoral, mas também permite que parlamentares insatisfeitos com os rumos da sigla procurem outro "abrigo" para a próxima legislatura. A janela termina no dia 1º de abril.

Nesse vaivém partidário, algumas legendas engordam suas bancadas e ganham poder de barganha na Câmara dos Deputados, enquanto outras, claro, acabam desfalcadas. Este ano, a sigla que mais deve crescer é o PL, que projeta um salto de 43 para 65 deputados federais. Antes mesmo da abertura do prazo, o partido já havia saído de 33 para 43 - graças sobretudo à filiação do presidente Jair Bolsonaro.

Também ganha o Progressistas, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), que deve sair dos atuais 42 deputados federais para 52. Em seguida, o PSD deve saltar de 35 para 40. O Republicanos, de 31 para 34. O PT, segunda maior bancada da Câmara, ganha um parlamentar e vai a 54. Por fim, a bancada da Rede cresce de 1 para 2 federais.

Entre os partidos que mais devem perder filiados estão o PSDB, que pode cair de 32 para 27 deputados federais; o PDT, de 25 para 22; o PROS, de dez para sete, e o PTB, que, ao que tudo indica, terá a bancada diminuída pela metade, de dez para cinco federais.

Atualmente a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 81 parlamentares, o União Brasil - fusão entre DEM e PSL - espera ter 61 deputados federais, contando com o desembarque de até 30 bolsonaristas e a vinda de pelo menos dez novas pessoas. 

Dessa forma, ao final do prazo, o primeiro lugar em quantidade de congressistas deve ser assumido pelo PL.


Fonte: Tribuna do Norte.

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