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sábado, 29 de janeiro de 2022

Rio Grande do Norte volta a ter alta taxa de positivos par covid.

 



O índice de casos positivos de covid-19 no Rio Grande do Norte no mês de janeiro voltou a subir e atingiu o maior nível da pandemia no Estado. No último dia 18 de janeiro, o percentual de positivos foi de 44,55%, isto é, a cada 10 casos testados, quase metade deram positivo para coronavírus. Durante a segunda onda, em fevereiro de 2021, a taxa de positivos era de 44,55%. O primeiro mês de 2022 tem sido marcado pelo recrudescimento da pandemia, falta de insumos e aumento na ocupação de leitos, além de medidas restritivas e cancelamento de eventos. O Rio Grande do Norte registrou nesta sexta-feira (28) o maior número diário de mortes (11 óbitos) e casos de covid em 2022 (2.396 positivos).


De acordo com números da plataforma COVID/LAIS/UFRN, que monitora casos confirmados por dia, das dez maiores taxas de positivos em toda a pandemia, sete delas foram em janeiro de 2022. A maior taxa registrada em todo período pandêmico foi em 18 de fevereiro de 2021 (44,55%), quando o Estado vivia o começo da segunda onda da pandemia. Por outro lado, a alta de casos positivos em 2022 não está sendo acompanhada por altas taxas de mortalidade.


“Estamos vivenciando um grande aumento de casos. Passamos de 10 mil notificações confirmadas. Temos esse aumento considerável. A Ômicron tem uma transmissão maior em relação às outras variantes. Não estamos tendo alta letalidade, porque temos um percentual muito bom de vacinados, embora ainda precisemos avançar em relação a doses de reforço e segunda doses, porque temos pessoas resistentes.”, aponta Diana Rêgo, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap). Diana informou ainda que o RN receberá 2,5 milhões de testes na próxima quarta-feira (02). 


O aumento de casos está sendo sentido tanto no setor público quanto no privado. Segundo Felipe Marinho, diretor médico do Hospital Unimed Natal, em janeiro “os casos estão se alastrando com uma velocidade nunca antes vista nessa pandemia”. A alta transmissibilidade é atribuída a variante Ômicron, com alto poder de contágio. O surto de gripe com a variante H3N3 também é outro fator, uma vez que os sintomas são semelhantes.


“Na Unimed Natal, fazemos avaliação de resultados de uma parte dos testes realizados pelos nossos clientes, tanto no nosso hospital, quanto nos postos de coleta (drive); a positividade se elevou de 20-25%, há 02 semanas, para 75-80%”, apontou o médico. 


Na capital, postos de saúde e laboratórios privados registram longas filas de potiguares buscando por testes de covid-19. Em alguns casos, o atendimento demora de 3 a 4 horas. 


“Fiz o teste na UBS São João. não fui atrás de privado sabendo como já estava. Fiz o teste porque minha namorada deu positivo. Não deu outra. Senti febre, coriza, dos nos olhos, corpo mole e tosse. Os dias em casa eu me recuperei bem, sem sinais de sintomas graves”, aponta o servidor público Marcos Forte, 30 anos.


No DNA Center, por exemplo, a demanda entre dezembro e janeiro cresceu 500%. “Há uma atenção diária com a reposição dos nossos insumos.


Atualmente temos estoque e estamos em contato permanente com os fornecedores para a periódica reposição frente à demanda”, afirmou o laboratório.

Na Unimed Natal, a demanda quadruplicou em janeiro com relação a dezembro. Foram mais de 23 mil testes feitos em janeiro. 


Quem estava na fila para procurar exames de covid-19 num laboratório privado de Natal era o professor Everton Fernandes e o estudante André Luiz Fernandes, pai e filho. Eles estavam com sintomas de coriza, dor de cabeça, na garganta e moleza e resolveram se testar uma vez que iriam visitar familiares.


“Vim fazer o exame para ter a certeza, às vezes pode ser a fadiga do dia-a-dia. Eu tive contato com pessoas que positivaram. Fizemos a testagem, deu negativo, mas como já faz um tempo, viemos fazer novamente”, afirma André Luiz, 22 anos. Ele tomou as duas doses da vacina. 


Pico

 A alta de casos, segundo especialistas, indica que o pico da nova onda não aconteceu e pode ocorrer no mês de fevereiro. “Esse aumento vem sinalizando desde a primeira semana de janeiro e na última semana tivemos um grande número de casos. Já temos transmissão comunitária da Ômicron, que tem uma transmissão maior em relação às outras variantes”, aponta Diana Rêgo, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap). 


Diana Rêgo aponta ainda que “é difícil dizer se já estamos no pico”. “Acredito que ainda não chegamos no pico. Essa semana ainda teremos aumento de casos. Acredito que vamos vivenciar de duas a quatro semanas num número considerável de casos com essa variante Ômicron”, aponta.


O pneumologista Felipe Marinho informa que, em alguns países do hemisfério norte, o pico da terceira onda aconteceu após 4 a 6 semanas. “Eu, particularmente, acredito que nosso pico acontecerá na primeira quinzena de fevereiro.. “A velocidade de subida depende de muitos fatores, mas listaria os seguintes: cepa com alto grau de contágio e escape imune (pessoas vacinadas ou que já tiveram a doença poderão pegar a nova variante), baixa gravidade dos sintomas, muitos pacientes doentes nem se identificam como doentes e continuam circulando, contaminando outras pessoas, elevado grau de circulação da sociedade e muitos eventos sociais”, diz. Para Marinho, o pico pode acontecer na primeira quinzena de fevereiro e o descenso dessa nova curva aconteceria no final de fevereiro.


Fonte: Tribuna do Norte

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