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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Com boa estratégia de boxes, Verstappen vence GP dos Estados Unidos e amplia liderança.


 Fórmula 1


O GP dos Estados Unidos teve 56 voltas, mas a vitória de Max Verstappen sobre Lewis Hamilton foi decidida ainda no décimo giro. A coisa, sim, ainda ficou apertada no final, mas nada foi capaz de tirar a liderança do holandês. A corrida deste domingo (24), no ótimo Circuito das Américas, serviu para mostrar o quanto a Mercedes prova do seu próprio veneno contra a Red Bull na atual temporada da Fórmula 1 quando o assunto é uma agressiva estratégia dos boxes.

Com o resultado no 17º dos 22 compromissos do ano, Verstappen ampliou a liderança do campeonato para Hamilton, de seis para 12 pontos, com 287,5 contra 275,5. O próximo capítulo do campeonato que promete ser disputado ponto a ponto até o final é daqui a duas semanas, no GP do México.  

De cara, vale dizer que os touros vermelhos eram favoritos frente às flecha de prata e preto em Austin — o péssimo ritmo de corrida de Valtteri Bottas, que terminou em sexto, denuncia a discrepância, por mais que o finlandês tenha largado na nona posição, punido com cinco posições no grid por trocar componentes do motor. Desde o primeiro treino livre, já era possível perceber que a pista não seria mais de amplo domínio da Mercedes, como nas cinco vitórias, nos últimos sete anos.

Hamilton é um piloto excepcional e dá provas disso a cada fim de semana de corrida. O heptacampeão reagiu bem no apagar das luzes vermelhas (0s30 a 0s33 contra Verstappen), chegou na frente na curva 1, conseguiu se defender nas retas, mas uma chamada tardia para o pit-stop começou a complicar as coisas. O #44 foi para os boxes pela primeira vez só na volta 14, quatro depois do #33. Assim que tomou a liderança, o holandês acelerou o suficiente para voltar na frente e concretizar o batido undercut.

E chegou a ser constrangedora a imagem de Max rasgando a reta dos boxes, enquanto Lewis se via preso no limite de 80 km/h. Por mais que o inglês pudesse ativar o ‘HammerTime’ (expressão para descrever a ‘hora do ataque’ contra os rivais) jogar todas as fichas para as voltas finais era muito arriscado. Ainda mais, se levado em conta que a Mercedes optou também pelos pneus duros a partir da volta 37. O médio, talvez, retribuísse a agressividade. As voltas finais poderiam guardar alguma emoção, mas a Red Bull estava mais pronta para reagir. 

A Mercedes foi uma das primeiras equipes na era moderna a perceber a importância da ousadia na estratégia. Em 2017 e 2018, o time alemão botou a Ferrari para fazer contas e decidir se parava ou não o carro de Sebatian Vettel. Enquanto isso, Hamilton preparava a armadilha para assumir novamente a ponta. Em muito, daí vieram os erros forçados da escuderia italiana. A estratégia vencedora foi reconhecida por Verstappen, na volta da vitória, ainda via rádio com a equipe.

“Às vezes, vale a pena ser agressivo”, resumiu Max. “Não sabíamos se iria funcionar, mas as últimas voltas foram divertidas. Estou superfeliz de termos conseguido esse resultado”, complementou o piloto, na entrevista após a corrida.

O piloto holandês não poupou exatamente equipamento para se manter um segundo à frente do inglês e assim evitar a abertura da asa móvel. As voltas finais foram de certa ameaça, já que também não seria nada interessante apostar corrida, como no segundo treino livre, quando o motor Honda ficou para trás lado a lado com a Mercedes, no episódio que sobrou um dedo médio. 

Do lado da Mercedes, a derrota deve ser repensada, uma vez que foi batida provando do seu próprio veneno. Hamilton fingiu que nada estava acontecendo no cerimonial, mas certamente irá cobrar a equipe antes mesmo do próximo GP.


Fonte: WordPress.

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