O PESO DO PRATO
Comer fora está mais caro e tem se tornado um peso a mais no orçamento
Comer fora de casa está 6,69% mais caro nos últimos 12 meses no País em função da alta constante dos alimentos; veja dicas para quem não tem como escapar desta despesa cotidiana.
Comer fora está mais caro e tem se tornado um peso a mais no orçamento dos brasileiros. Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, mostram que comer fora do domicílio acumula alta de 6,69% nos últimos 12 meses até julho. Para se ter uma ideia, 4,16% desse total são referentes a reajustes feitos somente em 2021.
Apesar de a alimentação em domicílio ainda representar o maior peso no orçamento – 15% da receita das famílias -, o impacto de comer fora tem crescido. Isso porque os alimentos vêm sofrendo com elevações de preços constantes (nos últimos 12 meses, a alta foi de 13,25% segundo o IPCA). Hoje, segundo o medidor, 5,9% do orçamento mensal é destinado à alimentação dessa natureza.
Segundo o economista Hipólito Martins Filho, os restaurantes não tinham como segurar os preços. “Para o consumidor é muito ruim porque com inflação ele perde o poder de compra. E, conforme comer fora de casa vai ficando mais difícil, as pessoas vão levando marmita e cozinhando em casa. É ruim para o consumidor, que gasta mais, e para o restaurante, que perde clientela”.
Para quem trabalha o dia inteiro e não tem tempo de cozinhar ou levar uma marmita, a mentora financeira Juliana Campos orienta que o primeiro passo para pagar mais barato é acompanhar as promoções dos restaurantes pela internet. “Quem não tem a opção de cozinhar tem de aproveitar a tecnologia. Acompanhar as redes sociais dos restaurantes, participar de programas de fidelidade ou clubes de descontos podem ajudar”.
Além dessa pesquisa de preços, existem ações que o consumidor pode adotar na hora de comprar as refeições, como por exemplo evitar a bebida, que tende a ser mais cara nesses lugares. “Seja em barzinho ou em restaurante, o mais caro é sempre a bebida. Quando se quer economizar, o bom é cortar a bebida”, diz.
Outro fator fundamental para reduzir gastos é a percepção da fome, diz Juliana. “Se você reparar, os restaurantes por quilo oferecem pratos enormes para que os clientes coloquem várias opções ao se servirem. Uma dica é pegar pratos menores ou, quando isso não for possível, não preencher todo o prato”.
Para manter as contas em dia, algumas pessoas tem um planejamento mensal de quanto vai gastar com a alimentação. “Reservar uma quantia fixa do seu salário para alimentação, e uma média de gasto por dia.
DICAS
Evite comprar bebida porque os preços desses itens costumam ser maiores em restaurantes e impactam na despesa
Acompanhe as promoções dos seus restaurantes prediletos pela internet
Participe de programas de fidelidade do restaurante que frequenta
Evite comprar sobremesa com frequência
Conheça e meça sua fome. Quem come menos pode optar por restaurantes a quilo; quem come mais pode gastar menos ao escolher prato feito ou local de valor único (à vontade)
Num restaurante a quilo olhe todas as opções antes de se servir e invista em saladas e evite alimentos mais pesados, como carnes com ossos ou molhos
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